PPRuNe Forums - View Single Post - Mid-air collision over Brasil
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Old 3rd Jul 2007, 20:14
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broadreach
 
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Accident committee releases new info

From today’s Folha de São Paulo. I’ve just translated the essence of the article; please forgive any technical inaccuracies on my part.

The airforce’s accident investigation committee concluded that the Legacy pilots mistakenly switched off the aircraft’s transponder when they mistook it for the radio. Both are located in the same box on the control panel.

Folha were informed that the pilots made two attempts to enter radio frequencies. The transponder did not recognize these and switched off. At that point the message “TCAS Off” immediately appeared on the FO’s panel but went unnoticed.

After the collision the pilot asked “hey have you got the TCAS switched off?” to which the FO replied “Yes, the TCAS is off”. Two minutes later it appears to have been reset as the aircraft reappeared on ATC screens.

The accident committee expect to bring forward their report in August or September.


A possible reason for releasing the above, and which the article itself alludes to, is that it may help to clarify one of the issues in the post-crash dispute between controllers and the airforce, namely the existence of a communications “black hole” in Amazon coverage.

Full text in Portuguese:

Folha de São Paulo
Pilotos desligaram transponder, diz FAB
Comissão de inquérito da Aeronáutica concluiu que americanos confundiram o aparelho anticolisão e o rádio do Legacy
Joe Lepore e Jan Paladino teriam digitado os códigos de freqüência do rádio no transponder, prejudicando o funcionamento de ambos
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
A comissão de inquérito da Aeronáutica que investiga as causas da queda do Boeing da Gol em 29 de setembro do ano passado concluiu que os pilotos americanos Joe Lepore e Jan Paladino desligaram involuntariamente o transponder do jato Legacy que se chocou com o avião, confundindo esse aparelho e o rádio. Os dois ficam dentro da mesma "caixa" do painel de controle.
Conforme a Folha apurou, os pilotos teriam digitado os códigos de freqüência do rádio no transponder e, assim, prejudicado o funcionamento de ambos. O erro apontado pode explicar por que tanto o transponder estava inoperante quanto o rádio não funcionava adequadamente quando ocorreu o choque entre os dois aviões, em pleno ar, resultando na morte de 154 pessoas.
Mais de 20 tentativas de comunicação com o controle em terra foram em vão, porque, segundo as investigações, a freqüência de rádio estava errada e o transponder desligou depois de duas tentativas de inserção de códigos não reconhecidos pelo aparelho.
A digitação equivocada pode ter sido possível porque os pilotos não estavam devidamente preparados para pilotar o Legacy em sua primeira viagem ao sair da fábrica da Embraer em São José dos Campos (SP). Além disso, o rádio e o transponder ficam na mesma "caixa" do painel, entre o piloto e o co-piloto, e são parecidos.
Com o erro, o transponder ficou inoperante e imediatamente apareceu ao lado direito, em frente à poltrona do co-piloto Paladino, sem que ele se desse conta, a mensagem "TCAS off", informando que o TCAS (Traffic Allert and Collision Avoidance System, ou sistema anticolisão) se encontrava desligado.
Acionado pelo transponder, o TCAS evita acidentes com alertas visuais e sonoros aos pilotos, acompanhados da indicação de como eles devem agir, desviando o avião na horizontal e na vertical.
Conforme a gravação das conversas entre Lepore e Paladino, na caixa-preta do Legacy, um deles reagiu com surpresa ao perceber, depois do choque com o Boeing, que o sistema anticolisão estava desligado.
"Cara, você está com o TCAS ligado?", pergunta. O outro admite: "É. O TCAS está desligado". Cerca de dois minutos depois, o aparelho voltou a funcionar, com o transponder enviando sinais normalmente para os centros de controle de tráfego aéreo em terra. Isso indica que foi religado.
Resolvido o último grande mistério do acidente, a comissão poderá antecipar de setembro para agosto o anúncio oficial do resultado das causas do choque, confirmando as informações sobre a seqüência de falhas humanas, tanto dos pilotos quanto dos controladores de vôo, especialmente do Cindacta-1, de Brasília, que resultaram no maior acidente da história da aviação comercial brasileira.
O Comando da Aeronáutica afirma que não influencia conclusões nem prazos para a finalização do inquérito, mas a Folha apurou que vê com bom grado a antecipação do anúncio. Acha que isso poderá tirar um dos focos de tensão dos controladores de vôo, que desde o acidente têm se rebelado contra o Comando e promovido uma série de operações-padrão e greves, na tentativa de denunciar falhas do sistema de controle aéreo.
Caso seja confirmada a apuração de que os pilotos digitaram erroneamente os códigos do rádio e do transponder, isso aliviará, por exemplo, a importância no acidente da existência apontada por controladores de vôo de um "buraco negro" na região onde ocorreu o choque, em Mato Grosso, na altura da serra do Cachimbo.
O relatório deverá mostrar que, apesar de não conseguir contato com o Legacy, os Cindactas tanto de Brasília quanto de Manaus tinham comunicação normal com outras aeronaves na mesma hora e no mesmo espaço, que é sujeito a interferências magnéticas.
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